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Resistência cristã

Escrito por Editor on quinta-feira, novembro 08, 2012 in
Sobre quem sou, eu repito um parágrafo deste blog, sou um crstão,  o pior deles. Não apenas mais um. Mas que pela misericórdia do Senhor ainda permanece. Nesse espaço surge um ponto de resistência no universo virtual, parcela mínima da grande resistência de cristãos que se constitui como mais uma voz da grande Verdade. Ele é o caminho. Tudo mais é especulação vazia.

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Animal rastejante

Escrito por Editor on quarta-feira, novembro 07, 2012 in
Incrível como a aranha resiste às investidas de seus adversários. Desde o momento em que passei a me identificar com os aracnídios, ocasião em que comecei a construir esta teia, não me cessaram os baques, as investidas, e por ultimo, as sutis armadilhas daquele que considero o mais fracassado de todos os tempos, que mesmo sabendo de sua épica derrota, ainda não cessa de tentar derrotar outros que o façam companhia, o diabo.
 
Mas eu retorno, pois sempre Deus mostra um caminho. Esta é minha oportunidade de saída e eu não posso desperdiçar.

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Identidades Vazias - um texto de Slavoj Zizek

Escrito por Editor on terça-feira, novembro 06, 2012 in
Eleger a internet como exemplo democrático é esconder diferenças sociais, institucionais e psicológicas entre as vidas “real” e “virtual”

Na edição de 25 de dezembro da revista “Time”, o prêmio tradicional de “Pessoa do Ano” não foi concedido a Mahmoud Ahmadinejad [presidente do Irã], Kim Jong-Il [ditador norte-coreano], Hugo Chávez [presidente venezuelano] ou qualquer outro membro da gangue dos usuais suspeitos, mas a “você”: a todos e a cada um de nós… usuários e criadores de conteúdo na web. A capa mostra um teclado branco com um espelho para uma tela de computador onde cada um de nós, leitores, pode ver seu reflexo. Para justificar a escolha, os editores mencionaram a transição das instituições para os indivíduos, que estão ressurgindo como cidadãos da nova democracia digital.

Há coisas que os olhos não conseguem ver, nessa escolha, e em um sentido mais amplo do que o comum nessa expressão. Se algum dia já houve uma escolha ideológica, esse é um caso que merece perfeitamente a classificação: a mensagem -uma nova democracia cibernética na qual milhões podem se comunicar e organizar diretamente, contornando o controle estatal centralizado- encobre uma série de brechas e tensões perturbadoras.

A primeira e mais evidente das ironias é que cada pessoa que olhe a capa da “Time” não verá as demais pessoas com quem supostamente se relaciona diretamente, e sim um reflexo de sua própria imagem. Não admira que Leibniz [1646-1716] seja uma das referências filosóficas preferenciais dos teóricos do ciberespaço: afinal, a imersão das pessoas no ciberespaço não se enquadra perfeitamente à nossa redução a uma mônada leibniziana que, embora “sem janelas” capazes de se abrir diretamente para as realidades externas, espelha em si mesma todo o universo?

Será que o típico internauta atual, sentado sozinho diante da tela de seu computador, não representa mais e mais uma mônada sem janelas diretas para a realidade, envolvido apenas com simulacros virtuais, e no entanto mais e mais imerso na rede mundial, e se comunicando de maneira sincrônica com todo o planeta?

Uma das mais recentes modas entre os radicais do sexo são as maratonas de masturbação, eventos coletivos nos quais centenas de homens e mulheres se autopropiciam satisfação sexual para fins de caridade. A masturbação cria uma coletividade a partir de indivíduos dispostos a compartilhar uns com os outros… o quê?

O solipsismo de uma diversão estúpida. Seria possível propor que as maratonas de masturbação são a forma de sexualidade que se enquadra de maneira mais perfeita às coordenadas do ciberespaço.
Mas isso é apenas uma parte da história. O que se torna preciso acrescentar é que o “você” que se reconhece enquanto imagem em uma tela padece de uma profunda divisão: eu jamais me limito a ser a persona que assumo na máquina. Primeiro, existe o (bastante evidente) excesso do eu como pessoa corpórea “real” além da persona virtual.

Ética virtual

Os marxistas e outros pensadores de inclinações críticas gostam de apontar para o fato de que a igualdade do ciberespaço é enganosa -ela ignora todas as complexas disposições materiais (meu patrimônio, minha posição social, meu poder ou falta dele etc.). A inércia da vida real desaparece magicamente na navegação pelo ciberespaço, desprovida de fricção. No mercado atual, encontramos toda uma série de produtos privados de suas propriedades malignas: café sem cafeína, creme sem gordura, cerveja sem álcool… ciberespaço. A realidade virtual simplesmente generaliza esse procedimento: cria uma realidade privada de substância. Da mesma maneira que o café descafeinado tem cheiro e gosto semelhantes aos do café sem ser café, minha persona na rede, o “você” que vejo lá, é sempre um “eu” descafeinado. Por outro lado, existe também o excesso oposto, e muito mais perturbador: o excedente de minha persona virtual com relação ao meu “eu” real. Nossa identidade social, a pessoa que presumimos ser em nosso intercurso social, já é uma máscara, já envolve a repressão de nossos impulsos inadmissíveis, e é precisamente nessas condições de “só uma brincadeira”, quando as regras que regulam os intercâmbios de nossas vidas reais estão temporariamente suspensas, que podemos nos permitir a exibição dessas atitudes reprimidas.

Basta lembrar do mitológico sujeito tímido e impotente que, participando de um jogo virtual interativo, adota a identidade de um assassino sádico e sedutor irresistível. Seria simples demais afirmar que essa identidade é apenas um suplemento imaginário, uma fuga temporária de sua impotência na vida real. Na verdade, o que importa é que, porque ele sabe que o jogo virtual é “apenas um jogo”, ele se sente capaz de exibir “seu eu real”, fazer coisas que nunca fez em interações reais -sob a capa de uma ficção, a verdade sobre ele se articula.

O fato mesmo de que eu perceba minha auto-imagem virtual como simples brincadeira me permite, assim, suspender os obstáculos que usualmente impedem que eu realize meu “lado escuro” na vida real -meu “id eletrônico” ganha asas, dessa forma. E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem, ou de saber se existe uma pessoa “real” por trás da persona on-line. A persona on-line é uma máscara para uma multiplicidade de pessoas? A pessoa “real” com quem converso possui e manipula mais personas no computador, ou estou simplesmente me relacionando com uma entidade digitalizada que não representa pessoa “real” alguma?

Existência sublimada

Para resumir, “interface” quer dizer exatamente que minha relação com o outro nunca acontece face a face, que sempre há a mediação de uma maquinaria digital interposta cuja estrutura é labiríntica: eu “navego”, eu me perco sem muito rumo nesse espaço infinito onde mensagens circulam livremente sem destino fixo, enquanto seu Todo -esse imenso circuito de murmúrios- continua para sempre além do escopo de minha compreensão. O obverso da democracia direta do ciberespaço é essa caótica e impenetrável magnitude de mensagens e seus circuitos, que nem mesmo o maior esforço de minha imaginação é capaz de compreender -o filósofo Immanuel Kant [1724-1804] teria classificado o ciberespaço como “sublime”.

Pouco mais de uma década atrás, havia um brilhante comercial inglês de cerveja. A primeira parte reproduzia a conhecida história de uma moça que caminha ao longo de um riacho, vê um sapo, o toma nas mãos e beija, e o sapo miraculosamente se transforma em príncipe. Mas a história não acabava assim. O jovem olhava a moça de um jeito cobiçoso, a tomava nos braços, a beijava e ela se transformava em uma garrafa de cerveja, que ele exibia em um gesto triunfante.

Assombração na rede

A moça fantasiava sobre um sapo que na verdade era príncipe, o rapaz sobre uma moça que na verdade era uma garrafa de cerveja: para a mulher, seu amor e afeto (sinalizado pelo beijo) poderiam fazer de um sapo um príncipe, enquanto para o homem, tudo não passa de um esforço para reduzir a mulher ao que os psicanalistas designam como “objeto parcial” -aquilo que, em você, me faz desejar você (é claro que um argumento feminista óbvio seria que as mulheres, em sua experiência amorosa cotidiana, em geral experimentam a passagem oposta: beijam um belo jovem e, quando o vêem de perto, ou seja, tarde demais, descobrem que ele é um sapo…).

O casal real de homem e mulher, portanto, vive assombrado por essa bizarra figura de um sapo abraçando uma garrafa de cerveja. O que a arte moderna propicia é exatamente esse espectro subjacente. É perfeitamente possível imaginar um quadro do pintor surrealista Magritte no qual um sapo abraça uma garrafa de cerveja, com um título como “Homem e Mulher” ou “Casal Ideal” (a associação com a famosa cena surrealista do burro morto ao piano [do filme "O Cão Andaluz"] fica completamente justificada, nesse caso).

É essa a ameaça do ciberespaço e de seus jogos, no plano mais elementar: quando um homem e uma mulher interagem nele, podem se ver assombrados pelo espectro do sapo que abraça a cerveja. Já que nenhum dos dois está consciente disso, as discrepâncias entre o que “você” realmente é e o que “você” aparenta ser no espaço digital podem resultar em violência homicida.

SLAVOJ ZIZEK é filósofo esloveno e autor de “Um Mapa da Ideologia” (Contraponto). Ele escreve na seção “Autores”, do Mais!. Tradução de Paulo Migliacci.

Texto Retirado de: Folha de São Paulo Online - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0701200715.htm

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Resistindo às tentações

Escrito por Editor on segunda-feira, janeiro 30, 2012 in
Do Rebele-se. Liberte-se. Este interessante vídeo sobre resistir às tentações. E, principalmente, fugir delas. Confira!

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Fragmentos (2)

Escrito por Editor on terça-feira, janeiro 24, 2012 in
Eu venerava a nossa teologia e pretendia, como qualquer um, ganhar o céu; porém, tendo aprendido, como algo muito certo, que o seu caminho não está menos franqueado aos mais ignorantes do que aos mais sábios e que as verdades reveladas que para lá conduzem estão além de nossa inteligência, não me atreveria a submetê-las à debilidade de meus raciocínios, e pensava que, para empreender sua análise e obter êxito, era preciso receber alguma extraordinária assistência do céu e ser mais do que homem.

(...)

Apesar disso, não deixava de apreciar os exercícios com os quais se ocupam nas escolas. Sabia que as línguas que nelas se aprendem são necessárias ao entendimento dos livros antigos; que a gentileza das fábulas estimula o espírito; que as realizações notáveis das histórias o fazem crescer, e que, sendo lidas com discrição, ajudam a formar o juízo; que a leitura de todos os bons livros é igual a uma conversação com as pessoas mais qualificadas dos séculos passados, que foram seus autores, e até uma conversação premeditada, na qual eles nos revelam apenas seus melhores pensamentos; que a eloqüência possui forças e belezas incomparáveis; que a poesia tem delicadezas e ternuras deveras encantadoras; que as matemáticas têm invenções bastante sutis, e que podem servir muito, tanto para satisfazer os curiosos quanto para facilitar todas as artes e reduzir o trabalho dos homens; que os escritos que tratam dos costumes contêm muitos ensinamentos e muitos estímulos à virtude que são muito úteis; que a teologia ensina a ganhar o céu; que a filosofia ensina a falar com coerência de todas as coisas e de se fazer admirar pelos que possuem menos erudição; que a jurisprudência, a medicina e as outras ciências proporcionam honras e riquezas àqueles que as cultivam; e, enfim, que é bom havê-las examinado a todas, até mesmo as mais eivadas de superstição e as mais falsas, a fim de conhecer-lhes o exato valor e evitar ser por elas enganado.

Descartes, Discurso do Método, 1ª parte

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Cristo na cidade

Escrito por Editor on sexta-feira, janeiro 20, 2012 in
O Senhor estará na cidade na medida em que seus habitantes sinalizem pelo testemunho a busca ou a presença de Deus.
 
A vida urbana é uma construção humana em busca da sobrevivência social, política e econômica. A formação das cidades é a experiência resultante dessa busca de sobrevivência atrativa. Nas últimas décadas, a formação de grandes cidades é um processo acelerado e irreversível em todo o mundo. São milhões de pessoas vivendo em áreas relativamente reduzidas, uma forma de convivência repleta de complexidade. De um lado, o encanto da modernidade: arranha-céus com tecnologia inteligente, meios de transporte de alta velocidade, gigantescos shopping-centers, serviços de todo tipo. De outro lado, o espaço urbano trouxe consigo o acúmulo de lixo, os engarrafamentos, a violência, o abismo entre ricos e pobres. Novos atores sociais surgiram com a urbanização, como o traficante, o flanelinha, o trombadinha.

O mundo urbano, formado como resultado da industrialização e do incremento das tecnologias, gerou uma forma de convivência individualista: cada ser humano busca uma maneira de existir sem que os outros lhe perturbem. A automatização limita os diálogos; as grades separam vizinhos; a janela do carro permanece fechada. Nas cidades, as relações humanas são fundamentadas na produtividade, no lucro, na competitividade. A sociedade urbana divide-se entre os que possuem poder de compra e os outros, que vivem à margem do sistema econômico e que a dinâmica do processo encarregou-se de empurrar para as periferias.

O crescimento das cidades levou ao fenômeno da coletivização. Já não há espaço para individualidades – o que existe é a massa, a galera. Acontece que, em qualquer lugar, as pessoas sempre buscarão uma experiência religiosa. Onde estiver um ser humano, ali há de acontecer um “evento” religioso. Faz parte da natureza do homem a sensação do vazio que necessita ser preenchido pelo sagrado. Na maioria dos casos, essa relação é apenas uma projeção subjetiva das realidades cotidianas – mas, no contexto da polis, ela assume novos matizes. Quando utiliza linguagens, símbolos e imagens, a religiosidade urbana comunica o individualismo, a concorrência, a violência, até. As divindades veneradas são tão egoístas como seus adoradores. De alguma forma, diante da linguagem e da expressão religiosa, será possível se identificar o quanto humano ou desumano é o povo de uma cidade.

No Apocalipse, João falou de cidades. Elas são descritas tendo como arquétipo as realidades espirituais conhecidas pelo narrador do texto. Babilônia e Nova Jerusalém apresentam diferentes manifestações de Deus – a destruição de um lado, o amor de outro. Babilônia venera o Dragão, um poder maligno que ameaça o povo de Deus. Em Nova Jerusalém, contudo, reina o Cordeiro. Na escatologia do Apocalipse, é possível perceber semelhanças sinais de Babilônia em São Paulo, Nova Iorque, Mumbai, Cairo, Londres. A Babilônia no mundo urbano pode ser a influência de um poder fora da geografia da comunidade que sofre. Uma influência grande, aparentemente irresistível. Pode ser o mercado, a alta tecnologia, o materialismo, a idolatria, a degradação ambiental, a exploração. Como a Besta, eles querem deixar suas marcas nos cidadãos.

Babilônia e Nova Jerusalém são realidades urbanas enfrentadas pela humanidade. A Nova Jerusalém é uma sociedade vinda da parte de Deus, mas sob a ameaça constante do poder político e econômico da Babilônia. Assim, identificar as “Babilônias” e as divindades de cada época, mantendo a esperança por novas realidades e lutando contra as contradições desumanas na cidade, são o sonho e o projeto dos seguidores de Jesus Cristo. O fenômeno da urbanização, com todas as suas complexidades, é uma oportunidade de serviço oferecida aos cristãos. Erigir a Nova Jerusalém é o sonho possível da presença de Deus no meio urbano. Nesta cidade, não há templos como os que vemos em nossas ruas e avenidas, “pois seu templo é o Senhor”, conforme João. É essa aspiração pela presença de Deus que está em evidência.

O Senhor estará na cidade na medida em que seus habitantes sinalizem pelo testemunho a busca ou a presença de Deus. O Verbo se fez carne e habitou entre nós; então, há espaço para Jesus nas cidades. Quando Deus se faz presente, manifestam-se os sinais do seu Reino: amor e justiça, graça e paz, alegria e solidariedade. Que esses sinais sejam mais evidentes em nossa realidade urbana.

Por Carlos Queiroz, Cristianismo Hoje

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A resistência cristã

Escrito por Editor on quinta-feira, janeiro 19, 2012 in
Já estive em contato com muitas teorias de constituição social de contextos diversos, mas nenhuma mais me surpreende como a cristã. Doze homens que andaram literalmente o mundo, ao menos o que chamavam na época de mundo, avinsando aos desavisados que um homem/Deus veio deixar um recado: arrependam-se e se convertam, passem a mensagem pra frente. Algo bem mais eficiente que uma corrente por e-mail, isso porque faziam o que pregavam, nada mais. Algo de uma simplicidade extrema. Jesus como meticuloso líder, no pouco tempo em que esteve com seus seguidores, os ensinou o necessário para que a missão fosse realizada. Lembrando aqui um filósofo que não me recordo, a mensagem é fácil de entender, a bíblia é simples, o que há de errado somos nós, que fingimos não entender, já que não momento posterior a isso, teríamos que cumprir o que ela diz. Assim, é mais facil sugerir hipóteses e maneiras de passar largo da Vontade de Deus.

A resistência cristã, que se iniciou com esses doze, depois de 2000 anos ganha o mundo. Diversos pontos de resistência se constituiram, sendo a internet um exemplo disso. Uma enorme teia de discursos do cristianismo surgiu, alguns falhos, outros um pouco melhores, mas são prova mais que concreta que o campo de batalha está armado. As peças estão posicionadas no imenso tabuleiro desde a eternidade. O processo está no seu curso, e tende a acabar-se.

Porém, o discurso virtual, este especificamente, tem que ser encarado não apenas da forma como repassamos e escrevemos e-mails para os outros. Há de ver em nós, na base de nossos discursos, a Verdade que conduziu os primeiros seguidores  de Cristo, o que salva definitivamente a intenção da teia do cristianismo, de suas sinceras provocações, impedindo que ela se perverta em vaidade de vaidades. Numa verdadeira Teia de Vaidades!

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