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A doutrina da escolhas
Escrito por Editor
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quinta-feira, janeiro 12, 2012
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Sonambulismos
Hoje tive uma sensação estranha de insegurança. Foi quando fui posto diante das comprovações de minhas mais importantes escolhas que fiz nos ultimos tempos: o dia em que saí do meu antigo emprego, um lugar onde tinha uma posição confortável e muitas horas de folga. Era um local conturbado, mas para o qual já havia sido preparado, após longos 10 anos de trabalho. Apenas um detalhe me incomodava, sendo este o mais importante de todos os contrapesos que me colocaram ante a decisão final: eu odiava o que fazia; nem sempre, mas nos ultimos meses um incômodo visceral me atacava.
Após a saída em condições especiais, deparo-me com as constantes indagações: mas você não se arrependeu nem um pouco? Digo que não! Absolutamente. Apesar de nutrir uma saudade pelos amigos, que agora não me fazem mais companhia e pelo jeito intensivo como lidava com aquele trabalho. Fato que me despertou agora um bolo no estômago quando os encontrei andando pela rua. Os mesmos apertos de mãos, os abraços e as mesmas perguntas.
Meditando na minha questão, apesar de ser o mais vil de todos os questionadores, como é o caso daquele que modifica a pergunta antes que ela esteja pronta; como é o caso daqueles que questionam sobre o que é a verdade; cheguei a conclusões absolutas, muito cristãs, de passagem, e completamente esclarecedoras. Mesmo sabendo que sou também o mais inconstante dos questionadores, creio que para reportar ideias prontas e decisões que ninguém toma eu poderia dizer:
- Toma-se uma decisão. Assuma as suas bonanças e algemas, já que a vida, a cristã mais ainda, é marcada por escolhas e consequencias.
Se eu tivesse descobrido isso há 10 anos, não seria o pior cristão do mundo, apesar de ainda concorrer a figurar neste ilustre rol.